Garantir uma passagem eficiente do paciente pela instituição hospitalar, assegurando o melhor tratamento e uma saída segura, é um dos principais objetivos dos profissionais que atuam na saúde. Dessa maneira, o planejamento de alta hospitalar se torna um pilar muito importante para que a segurança do paciente seja resguardada.
Entender todo o processo, desde a identificação das necessidades durante a jornada do paciente, até as orientações e necessidades após o tempo de permanência hospitalar, são essenciais para um bom planejamento de alta. Assim, é possível que o profissional entenda todos os aspectos do tratamento do paciente, determinando parâmetros e diretrizes para que o cuidado seja o melhor possível.
Neste artigo vamos falar sobre como é possível otimizar o planejamento de alta hospitalar de forma inteligente com uso de tecnologia, oferecendo um cuidado integral e eficiente aos pacientes durante todas as etapas da sua jornada nas instituições de saúde. Continue a leitura!
Por que fazer um planejamento de altas?
Durante a hospitalização e no período pós-alta, o cuidado integral depende de uma ferramenta extremamente importante: o planejamento de alta. Esse planejamento trata da transição do paciente para o domicílio, o que exige a atenção de uma equipe multidisciplinar durante toda a jornada do paciente, que irá repassar a qualidade dos cuidados mantidos no âmbito domiciliar, evitando novas internações.
Nesse sentido, a equipe assistencial é a responsável pela coordenação do processo de transição entre o hospital e o domicílio, avaliando as possibilidades do paciente e as condições da família em auxiliar o cuidado. O planejamento, assim, consiste na identificação das necessidades do usuário e na orientação aos envolvidos no cuidado, com o objetivo de garantir a melhor assistência.
No entanto, as orientações da alta hospitalar geralmente são feitas de forma manual, mecânica e pouco clara. Isso, em boa parte dos casos, pode dificultar a compreensão do usuário do sistema ou familiares sobre o tratamento, aumentando a ocorrência de erros, o que pode causar uma péssima experiência do paciente. De acordo com a literatura médica, o planejamento de alta hospitalar deve começar no momento em que o paciente entra dentro da instituição, avaliando seu caso durante a internação.
Isso significa que o planejamento de alta deve ser pautado por uma coleta de dados e informações sobre o paciente durante toda a sua jornada dentro do hospital. Isso inclui limitações ou outros problemas e recomendações que foram observadas durante o tratamento, e não só explicações básicas sobre o seu quadro.
Esse é um processo crucial para que o paciente siga com um tratamento eficaz também após a alta, já que um planejamento de alta feito de forma ineficiente, não pautado por orientações precisas, pode ser um fator agravante no quadro do paciente, bem como influenciar em novas hospitalizações. Esse tipo de conduta também reduz o tempo de permanência hospitalar e, além disso, quando bem executado, ajuda na redução de custos e atua na otimização do faturamento hospitalar.
Desafios no planejamento de alta hospitalar
O atraso na alta hospitalar dos pacientes está diretamente ligado a fatores relacionados a violações em processos. A permanência hospitalar acima do tempo estipulado é uma das razões que mais impacta diretamente no planejamento de alta. Isso porque, principalmente, o aumento desse período de internação leva a questões como a ausência do convívio familiar, a exposição a riscos de infecção hospitalar, perda do condicionamento físico, trombose, quedas, entre outras questões.
A média de permanência hospitalar impacta diretamente na taxa de ocupação de leitos e gera longas esperas por internação, o que também é um ponto agravante no planejamento de alta. Nesse sentido, para que os profissionais consigam planejar de forma eficiente o processo de desospitalização dos pacientes, obter dados e informações para entender onde estão os erros, que mantém o paciente por um longo período dentro das instituições, é o principal ponto a ser atingido. Um estudo feito na UFMG destaca exatamente esse ponto como um ponto crucial.
De forma resumida, para que essa média seja reduzida, o principal desafio enfrentado pelos profissionais de saúde tem sido entender os motivos de variabilidades, reabordagens cirúrgicas não programadas, troca ou aumento do uso de recursos e medicamentos. Ou seja, compreender a causa raiz dos problemas da jornada do paciente. Assim, desvendar cada caso, utilizando dados a seu favor, se faz extremamente necessário na execução de um planejamento de altas hospitalares eficaz.
Como assegurar um planejamento eficaz
Para assegurar que o planejamento de alta será realmente eficiente, contar com a ajuda de um roteiro de atividades e avaliações é essencial. De modo geral, as equipes assistenciais trabalham dessa forma, criando regras para que o processo esteja de acordo, estabelecendo parâmetros para entender todas as etapas da trajetória do paciente dentro da instituição até o seu momento de saída e desospitalização.
No entanto, para que esse roteiro seja seguido na prática, evitando riscos de erros e desvios, contar com soluções em tecnologia se faz extremamente necessário, independentemente dos tipos de alta hospitalar. Os processos manuais, se feitos incorretamente, podem acarretar erros básicos que causam grandes problemas à saúde e à vida do paciente.
Nesse sentido, visualizar a jornada do paciente, desde o momento em que ele entra na instituição, com todas as etapas percorridas, descrição de problemas enfrentados, especificações sobre medicação ou outros dados importantes, é indispensável. Apenas avaliando o caso ponta a ponta o profissional poderá determinar o melhor tratamento após a saída do paciente do ambiente hospitalar.
Dessa maneira, entendendo esse roteiro sistematizado de forma automática, estabelecendo diretrizes e regras, é possível construir um instrumento que orienta as ações de cuidado ao paciente, auxiliando os profissionais no entendimento de problemas que podem passar despercebidos, proporcionando maior planejamento e aumentando as ações para melhoria de resultados.
Abaixo vamos explicar como a mineração de processos pode atuar na otimização desses fluxos hospitalares e impactar diretamente no planejamento de alta.
A tecnologia de Process Mining no auxílio ao planejamento de alta
Como falamos, a maioria das instituições baseia seu planejamento de alta hospitalar em um roteiro de ações sistematizadas. No entanto, essas ações 一 que englobam coleta de dados ou histórico do paciente, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação 一, geralmente são feitas de forma manual, sem automatizações que facilitem a visualização completa e o status do que está sendo feito.
Dessa maneira, contar com a inteligência de processos é essencial. Com um amplo gerenciamento da jornada do paciente, avaliando seu percurso de ponta a ponta, o profissional de saúde consegue estabelecer parâmetros de cuidado, optando pelo melhor caminho rumo ao processo de desospitalização.
Com o auxílio da tecnologia de Process Mining a equipe assistencial tem acesso a informações cruciais sobre os processos hospitalares e seu andamento para que o atendimento ao paciente seja realizado da melhor forma. Para isso, a plataforma disponibiliza diferentes possibilidades de visualização dos casos, tudo para gerar o melhor resultado no atendimento.
Por meio de kanbans, dashboards e mapas que mostram todos os processos, a plataforma permite a visualização de toda estrutura organizada dos processos, a partir de dados extraídos de sistemas de informação que o hospital já utiliza. Dessa maneira a solução permite descobrir, monitorar e otimizar os processos existentes, a fim de garantir o entendimento completo da jornada do paciente, na otimização do planejamento de alta, mas também auxiliando na redução de custos hospitalares e na produtividade da equipe assistencial.
O mapeamento de processos, por exemplo, faz a descoberta de todos os processos hospitalares, entendendo onde estão os desvios dos fluxos ideais, mostrando automaticamente e de forma automatizada, em tempo real, quais os verdadeiros processos que o hospital realiza. Da mesma forma, é possível visualizar pelo mapa a jornada do paciente, entendendo onde ocorreram violações do percurso ideal e ofensores de tempo.
Já a partir da utilização do kanban o profissional pode analisar a conformidade da trajetória do paciente. Em uma visualização rápida a equipe consegue perceber quais processos estão em conformidade, marcados em verde dentro da solução, e quais estão em não-conformidade, marcados em vermelho. Além de citar quais processos não estão corretos, a plataforma oferece mais informações e insights sobre cada caso. Isso permite que o profissional tenha maior controle sobre o quadro do paciente durante toda a jornada, entendendo completamente seu estado e, ciente disso, consiga oferecer melhores recomendações ao paciente no seu processo de alta hospitalar.
Nesse vídeo do Process Mining Day: Saúde em Foco é possível entender como o kanban da solução UpFlux atua para reduzir o tempo de permanência dos pacientes e permite uma visualização mais ampla das oportunidades de alta. Assista!
Em um caso real do Complexo de Saúde São João de Deus, cliente da solução UpFlux Process Mining, foi possível reduzir o tempo de permanência, melhorando diretamente o planejamento de altas, a partir da utilização do kanban.
Nesse case, sinalizando os casos em conformidade e não-conformidade, o gestor direcionava cada caso ao médico responsável e buscava maiores informações sobre o processo de alta de cada paciente, entendendo os pontos necessários para a liberação do paciente.
Complementar a isso, com a ajuda de dashboards intuitivos e altamente informativos, o time assistencial consegue visualizar painéis instantâneos para obter maiores insights sobre cada caso. Ou seja, todos os quadros da plataforma se interligam para oferecer as informações mais completas à equipe operacional, permitindo que o time tenha acesso a dados cruciais sobre a jornada do paciente, possibilitando assim a melhor condução da desospitalização e o atendimento domiciliar.
Dessa maneira, a tecnologia de Process Mining atua no auxílio ao planejamento de alta hospitalar, possibilitando melhores insights para a desospitalização do paciente, reduzindo esse tempo de permanência, e também atuando no aumento da produtividade e do faturamento hospitalar. Quer saber como podemos auxiliar seu hospital? Fale agora com um especialista da UpFlux.