Saiba como melhorar o IDSS da sua operadora

Você sabe como o seu IDSS está impactando sua operadora? Como qualquer instituição privada ou pública, operadoras de planos de saúde devem seguir normas regulamentadoras e buscar os melhores indicadores que avaliarão a qualidade dos seus produtos e serviços. Para estimular a melhoria da qualidade da saúde suplementar e oferecer subsídios para melhorar a gestão das operadoras e ações regulatórias da ANS – Agência Nacional de Saúde Complementar – foi criado o Programa de Qualificação de Operadoras (PQO). A iniciativa avalia anualmente o desempenho de operadoras de planos de saúde. Para traduzir os resultados dessa avaliação, foi criado o Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS), que é composto por um conjunto de indicadores por quatro dimensões, cujo dados são extraídos dos sistemas de informação da Agência ou coletados nos sistemas nacionais de informação em saúde. O IDSS oferece uma comparação entre operadoras com base em dados, disseminando as informações de forma transparente e a redução da assimetria de informação, ou seja, a metodologia permite que o beneficiário obtenha maior conhecimento para comparar e optar pela contratação de uma operadora e seus serviços. Você conhece o seu IDSS? A metodologia IDSS – TISS A avaliação é estruturada em quatro dimensões com base nas regras e práticas do setor, alinhamento com a Agência, Agenda Regulatória e literatura de Qualidade em Saúde. São as dimensões: A partir de 2017, a ANS adotou uma nova metodologia para a avaliação, que buscasse ampliar o escopo e permitir a introdução de novos indicadores e de ajustes de outros. Ou seja, o TISS – Troca de Informações na Saúde Suplementar – oferece indicadores mais assertivos para apresentar o desempenho e qualidade das operadoras. A nova metodologia do IDSS – TISS possibilita: Com foco na qualidade e no beneficiário, a ANS busca: incentivar as operadoras a atuarem como gestoras de saúde; incentivar os prestadores a atuarem como produtores de saúde; incentivar os beneficiários a se tornarem usuários de serviços de saúde com consciência sanitária; e aprimorar a capacidade de regulação da ANS, voltada para tais objetivos. Tal ação permite o saneamento do setor de saúde suplementar e o acirramento da competição, principalmente no setor privado. Com base nos relatórios anuais publicados pela ANS, no período entre 2004 a 2014, observa-se que houve uma diminuição no número de operadoras ativas, avaliadas pela Qualificação das Operadoras. Segundo dados da ANS, em dezembro de 2006, haviam 1.610 empresas operadoras de planos privados de saúde. Em junho de 2016, o número havia diminuído para 1.112 operadoras ativas, representando uma redução de 31%. Nesse sentido, as operadoras de planos de saúde vêm buscando a qualificação, o que representa uma evolução no setor. A pergunta é: quais técnicas você usa para melhorar os resultados das dimensões? Como sua operadora tem monitorado esses processos? Separamos 3 dicas para qualificar o IDSS da sua operadora! 1. Monitore a Auditoria retrospectiva Geralmente realizada pelo médico ou enfermeiro auditor, a Auditoria Retrospectiva é uma conferência de todos os custos gerados na assistência ao beneficiário, revisando os dados registrados no prontuário do usuário. Alguns itens a serem observados são a quantidade de diárias, taxas, honorários e medicamentos cobrados e sua conformidade com o que foi liberado de acordo com a patologia informada para o tratamento. Para uma análise assertiva das contas médico-hospitalares é fundamental: Os objetivos são os mesmos, mas a operacionalização desse processo varia de operadora a operadora: há instituições que trabalham com a proposta de auditar apenas as contas que passam de uma quantidade pré-estabelecida de altas por mês, outras por uma amostragem de prontuários, sorteios ou valor em reais da conta (todas as contas acima de R$6.000,00, por exemplo). A monitoração da auditoria retrospectiva possui a finalidade de melhorar esse processo, desenvolvendo indicadores que auxiliam as organizações a melhorarem a qualidade dos cuidados oferecidos aos pacientes. 2. Monitore a Jornada do Beneficiário Em operadoras de planos de saúde, o principal objetivo dos gestores é oferecer a melhor experiência possível aos seus beneficiários. Quando falamos de saúde suplementar, o nível de satisfação do usuário é o que determina sua decisão de voltar a marcar uma consulta ou até optar por trocar de operadora. Por esses motivos, monitorar a jornada do beneficiário e identificar suas ineficiências garante a melhoria contínua, o que gera maior satisfação ao paciente. Porém, sabemos que para cada perfil de consumidor, há uma jornada. Nesse sentido, é preciso analisar os mais diversos comportamentos do usuário com base em grupos de pessoas, doenças e formas de tratamento. Esse processo de monitoração de forma manual pode se tornar cansativo e não trazer informações reais da jornada, não identificando de forma eficiente os gargalos, ineficiências e desvios dos fluxos pré-estabelecidos. 3. Automatize os processos de monitoração A auditoria, quando realizada de forma manual, consome o dia a dia dos auditores e gera maior custo de operação. Além disso, está sujeita a erro humano, uma vez que pode aprovar contas que não estão em conformidade com as regras estabelecidas. Nesse contexto, torna-se importante o uso de tecnologias que realizem esses processos de forma automatizada, identificando violações de forma automática e notificando quais são as contas não-conformes. Assim, o auditor atua onde é realmente necessário, já que, aproximadamente, 90% das contas não precisam passar por esse processo. Além de melhorar a assertividade, valoriza as competências do enfermeiro ou médico auditor. Outro ganho importante da automação no processo de auditoria é a maior transparência. A partir da automação, você pode identificar quais são os maiores causadores de violação e a causa raiz das não conformidades, obtendo um apoio para implementar ações de melhoria. A UpFlux é uma plataforma de Process Mining que possui o poder de reconhecer contas e separar o joio do trigo, ou seja, aprovar contas conformes e sinalizar ao auditor as contas que possuem violações. Veja abaixo como a plataforma UpFlux apresenta a conformidade das contas médicas a partir de um KANBAN: Automação para operadoras De forma simples e prática, a UpFlux identifica automaticamente as não conformidades, oferecendo maior agilidade e confiança no processo de
Jornada de AVC: Como reduzir o Lead Time?

O AVC – acidente vascular cerebral é uma das maiores causas de morte e incapacidade funcional no mundo, e em algumas regiões brasileiras, se configura como a principal causa de morte. É decorrente de um dano em uma região cerebral, que leva a um déficit neurológico de rápida evolução, e pode ocorrer de duas formas: isquêmica (AVCI) ou hemorrágica (AVCH). É assustador: um entre quatro adultos irá sofrer AVC. Você sabe como descobrir de forma eficiente o perfil epidemiológico? O AVC isquêmico (AVCI) é causado pela redução de oxigênio fornecido às células cerebrais decorrente de uma obstrução na artéria, fazendo com que essas células morram. Geralmente essa obstrução pode ser causada por um trombo, que é um coágulo de sangue formado na parede do vaso sanguíneo, ou por um êmbolo, que é um trombo que se desloca pela corrente sanguínea até ficar preso em um vaso menor que sua extensão. Já o AVC hemorrágico (AVCH) ocorre quando há um extravasamento de sangue no interior do tecido cerebral, em algum ponto do sistema nervoso. Ou seja, o rompimento do vaso cerebral. Os principais mecanismos de dano são a compressão mecânica, comprometimento da anatomia normal do tecido cerebral adjacente e aumento da pressão intracraniana. Para saber mais sobre AVC, visite o site da Iniciativa Angels. O maior fator crítico nos pacientes que apresentam sintomas e/ou sinais de AVC é certamente o tempo de atendimento, tendo em vista que quanto mais rápido, maior a chance de sobrevida e menores as sequelas. Os tempos máximos recomendados para o atendimento do paciente com AVC são: Porta (senha) à avaliação médica inicial – 10 minutosPorta (senha) ao acionamento do CÓDIGO AVC – 15 minutosPorta (senha) ao início da neuroimagem – 25 minutosPorta (senha) ao resultado da neuroimagem – 45 minutosPorta (senha) ao início do trombolítico IV, se indicado – 60 minutosPorta (senha) ao início da trombectomia, se indicada – 90 minutosPorta (senha) à transferência para UC, se indicada – 180 minutos Você acha complexo o controle desses tempos? Por meio da mineração de processos você consegue monitorar de forma automática! A equipe multidisciplinar deverá prestar o atendimento ágil, com segurança e eficácia. Porém, a jornada do paciente com AVC pode sofrer variabilidades e retrabalhos, se tornando necessária uma monitoração constante e análise do processo, identificando desvios do protocolo. Com a melhoria contínua, é possível reduzir o lead time do atendimento, otimizando a sobrevida do paciente. Algumas tecnologias usadas para realizar essa análise e reduzir o lead time exigem uma operação manual e oferecem apenas a visão por cada processo da jornada. A UpFlux é uma plataforma que usa a mineração de processos e inteligência artificial para identificar, estruturar e otimizar os fluxos da jornada do paciente com AVC. Quer saber como? Confira abaixo! Mineração de Processos na Jornada de AVC Identificação Através da fácil integração com os sistemas de registro da instituição, a UpFlux pode identificar as diversas variabilidades que ocorrem em uma mesma condição clínica, apresentando ao usuário uma visão clara de todos os fluxos da jornada de AVC e de forma customizada, para facilitar a análise. Assim, é possível visualizar o lead time de cada processo e como este impactou toda a jornada, permitindo também a análise da jornada como um todo. A plataforma UpFlux elenca todas as variabilidades e permite ao usuário identificar qual obteve melhor resultado, com um lead time menor e maior sucesso do paciente. Estruturação A partir da identificação das variabilidades da jornada, o usuário pode otimizar o protocolo a ser seguido pela equipe multidisciplinar, eliminando os desvios indicados e estabelecendo um Modelo de Referência, comparando ao modelo BPMN. Dessa forma, a equipe terá uma visão mais clara dos fluxos a serem seguidos em relação ao atendimento do paciente com sinais de AVC, de ponta-a-ponta, reduzindo as variabilidades, e consequentemente, o lead time. Otimização Através da mineração de processos eliminamos as variabilidades e estruturamos a jornada do paciente com AVC conforme o modelo BPMN, permitindo o aumento da previsibilidade dos resultados e reduzindo o lead time. A UpFlux é uma plataforma que utiliza a inteligência artificial para minerar processos de forma automática, através de uma fácil integração com o sistema de registro de instituições de saúde, identificando, monitorando e otimizando jornadas e fluxos, reduzindo custos e retrabalhos. Entregamos ao usuário maior facilidade para a tomada de decisões, a partir de dashboards interativos e personalização dos painéis. Quer saber mais sobre a plataforma UpFlux? Clique aqui.
Cirurgia Segura: as 6 metas de Segurança do Paciente

Você já ouviu falar sobre Cirurgia Segura? A Cirurgia Segura consiste em um conjunto de regras que tem como objetivo garantir a segurança do paciente durante intervenções cirúrgicas. Ela é um dos pontos determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Joint Commission International (JCI) para que fossem criadas regras de conduta para a segurança do paciente que estão estabelecidas na grande parte dos serviços de saúde. Segundo os dados do Observatório 2020 da ANAHP, nos 122 hospitais membros, foram realizadas exatas 1.926.716 cirurgias em 2019. Já dados do SUS do mesmo ano mostram que 2.668.265 procedimentos eletivos foram realizados. Somados, são mais de 4,5 milhões de procedimentos eletivos só no ano de 2019. Os dados da pesquisa mostram uma mortalidade operatória geral de 0,30% e taxa de infecções em cirurgia limpa de 0,46%. A ocorrência de eventos adversos devido à assistência insegura é provavelmente uma das 10 principais causas de morte e invalidez no mundo. Estes números são indicadores hospitalares que mostram a importância da conscientização a respeito da Cirurgia Segura. Diante de números como esses, foram estabelecidas as 6 metas internacionais de segurança do paciente que guiam a prática cirúrgica e visam garantir o seguimento correto do protocolo de atendimento. Veja abaixo quais são essas metas. O que representa cada uma das metas Identificar o paciente corretamente Tudo começa na identificação do paciente, com seu nome e data de nascimento. Esses são os dados básicos para a identificação correta. Esse processo visa evitar que o paciente errado seja medicado ou passe por um procedimento sem necessidade, gerando complicações graves. Essa meta também impacta na experiência do paciente, pois permite que ele não precise repetir constantemente sobre seu quadro clínico e informações pessoais. Eficácia da comunicação A comunicação é a base de um bom tratamento. É a partir desse entendimento entre médico e paciente, através da comunicação, que o especialista poderá entender as queixas, sintomas e todo processo da doença do paciente. A comunicação entre a equipe também é essencial, já que toda operação deve ser entendida de forma clara e objetiva, avaliando todos os pontos e dados do processo de atendimento. Segurança dos medicamentos de alta vigilância Evitar erros na hora de utilizar medicamentos é um dos pontos essenciais na segurança do paciente. Esse tipo de erro pode ter consequências graves e ser uma ameaça à vida de quem necessita de cuidados. Por padrão, deve-se seguir alguns pontos: paciente certo, medicamento certo, dose certa, via de administração certa e horário certo. Além disso, é necessário entender questões como alergias, interações medicamentosas, idade, peso, etc. Cirurgia Segura Falaremos mais profundamente sobre esse ponto a seguir. Mas é importante ressaltar que nesse quesito é essencial avaliar todo o processo cirúrgico para evitar riscos, antes durante e depois do procedimento. Realizar os passos já descritos acima e também fazer a marcação do local da cirurgia, ter acesso a equipamentos necessários e confirmar se todos os materiais necessários estão disponíveis. Esse tipo de conduta gera tranquilidade ao paciente e confiança ao profissional que irá executar o trabalho. Reduzir o risco de infecções O risco de contaminação em procedimentos é um dos grandes desafios das instituições de saúde. Para reduzir os problemas ligados a isso as organizações tomam um cuidado simples que pode salvar vidas: a higienização adequada das mãos. São essenciais nesse ponto: lavar as mãos antes de tocar no paciente, antes de realizar um procedimento cirúrgico, após contato com fluidos corporais e após contato com roupas de cama, móveis ou outros objetos utilizados por ele. Reduzir o risco de quedas Uma queda durante o atendimento pode ter consequências graves. Por esse motivo é feita a classificação do risco de queda: idade avançada, doenças ou medicamentos que afetam a mobilidade. A partir disso o hospital oferece móveis, barras de apoio ou outras adaptações para que o paciente reduza as chances de sofrer um acidente. Por dentro da meta 4: cirurgia segura Uma das 6 metas internacionais de segurança do paciente é a cirurgia segura. A finalidade deste protocolo é determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente correto, por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde. Outro importante projeto é o ACERTO (Aceleração da Recuperação Total pós-operatória). Neste protocolo diversos cuidados orientados por evidências clínicas são implementados para segurança e eficiência dos cuidados. No estudo “Cuidados perioperatórios em cirurgia bariátrica no contexto do projeto ACERTO: realidade e o imaginário de cirurgiões em um hospital de Cuiabá” são avaliados os cuidados perioperatórios em cirurgia bariátrica. O objetivo do estudo foi avaliar o conhecimento e o grau de recomendação de cirurgiões em cirurgia bariátrica quanto aos cuidados orientados pelo projeto ACERTO, garantindo a Cirurgia Segura. Dentre os cuidados analisados, foram apontados: jejum pré-operatório, realimentação precoce, hidratação venosa perioperatória, antibioticoprofilaxia, uso de sondas e drenos, analgesia e profilaxia de náuseas e vômitos. Em resumo, foi possível avaliar o imaginário x realidade das melhores práticas assistenciais para a cirurgia bariátrica entre 07 cirurgiões e 200 prontuários analisados. A conclusão foi que o projeto ACERTO para pacientes de cirurgia bariátrica foi bem praticado pelos cirurgiões, entregando segurança e eficiência aos cuidados. No entanto, como manter o monitoramento e o aprimoramento dos resultados de forma contínua a partir dos marcadores da meta de cirurgia segura e do protocolo ACERTO? Como avaliar o desempenho da Cirurgia Segura? A mineração de processos é uma tecnologia que permite o mapeamento automático, controle e a implementação de melhoria contínua. Reconhecimento de padrões, eliminação de desperdícios e redução de variabilidade são alguns dos resultados alcançados por meio da mineração de processos. A tecnologia da UpFlux é a solução de mineração de processos somada à inteligência artificial centrada em serviços de saúde. Plataforma analítica facilmente integrada a qualquer sistema de registro em saúde que permite a extração simples e ágil de todos os dados de forma organizada para aprimoramento do conhecimento e tomada de decisão. Estruturada a partir de um time transdisciplinar formado por médicos, cientistas de dados, enfermeiros e outros profissionais aptos e comprometidos com a qualidade e eficiência dos cuidados em saúde, a
Enfermeiro navegador: desafios e competências no cuidado coordenado

Na área da saúde existem situações complexas que exigem apoio e um cuidado especial ao enfermo. Proporcionar um atendimento humanizado é o que tem garantido a melhor experiência do paciente dentro das instituições de saúde e proporcionado um tratamento mais efetivo a quem necessita de cuidados. O enfermeiro navegador, nesse sentido, tem um papel primordial na humanização do atendimento ao paciente. Nesse texto vamos explicar o papel do enfermeiro navegador, quais os desafios que ele encontra na sua atuação e as competências que um bom profissional deve ter. Acompanhe! Ou seja, de maneira prática, o enfermeiro navegador identifica os desafios que podem afetar o atendimento ao paciente, criando novos caminhos para uma adesão plena ao tratamento. Esse profissional faz uma ponte entre o paciente e sua família com a equipe clínica. Assim, ele orienta o usuário do serviço de saúde sobre seu tratamento, fazendo com que o paciente tenha uma conexão maior com o processo, auxiliando de forma multidisciplinar. Apesar de a atividade de enfermeiro navegador ser relativamente nova, inúmeras instituições de saúde têm adotado esta prática como um auxílio à gestão hospitalar. A condução desta prática pelo profissional enfermeiro navegador tem alguns objetivos bem específicos. Redução do tempo de permanência, segurança assistencial, experiência do paciente, redução de desperdícios e variabilidades são algumas delas. De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Gallup em solo americano, com o tema ética e honestidade, os enfermeiros estão em destaque como uma das profissões mais confiáveis dentro das instituições de saúde. Desde 2016 os enfermeiros se mantêm no topo dessa lista, com uma média de 84% favorável. Somada à essa confiabilidade, o enfermeiro navegador ainda deve reunir outras competências como conhecimento técnico e excelência operacional. Em que cenários o enfermeiro navegador pode atuar? Além de impactar diretamente na experiência do paciente e nos resultados do seu tratamento, um enfermeiro navegador pode atuar de forma concreta no monitoramento de linhas de cuidados, agendamento de procedimentos eletivos e na gestão de custos assistenciais. Estas são algumas das dores comuns de hospitais públicos e privados que podem ser supridas com o auxílio desse profissional. Algumas das funções desempenhadas pelos enfermeiros navegadores são: Habilidades de um enfermeiro navegador Por ser o suporte ao paciente durante um momento crítico do tratamento, o profissional que atua como enfermeiro navegador precisa ter e desenvolver algumas habilidades: Ou seja, um enfermeiro navegador desenvolve um papel indispensável no tratamento aos pacientes, orientando seu processo de ponta a ponta, ajudando o mesmo a lidar com a realidade da sua doença. Como a tecnologia ajuda o enfermeiro navegador? Uma pesquisa do Instituto Ethos de abril de 2020 sobre os impactos da pandemia destaca algumas preocupações. Entre os respondentes, gestores hospitalares e outros profissionais, 65% relatam redução no faturamento e 86% incertezas sobre a estabilidade econômica nas instituições de saúde. Já em relação à eficiência operacional, dados do Observatório ANAHP apresentam alguns números evolutivos entre os anos de 2016 e 2020. Estes resultados são suficientes? Como um enfermeiro navegador poderia ajudar na otimização desses números? Quando compreendemos os impactos transformação digital na saúde, podemos perceber que algumas plataformas podem auxiliar de forma efetiva neste trabalho, conforme destaca o Observatório ANAHP 2020: Isso significa, de forma prática, que extrair informações e conhecimentos destes dados e entregá-los ao enfermeiro navegador pode transformar qualquer informação em uma vantagem competitiva. Inteligência artificial conectada à mineração de processos na área da saúde pode ampliar de forma exponencial os resultados. Com o trabalho do enfermeiro navegador atrelado às tecnologias é possível acompanhar oportunidades de redução de tempo de permanência hospitalar e redução de custos de tratamento, além de desospitalização. Process Mining é um suporte para o enfermeiro navegador A plataforma UpFlux ajuda na simplificação desse trabalho, permitindo uma gestão de processos mais inteligente. Por meio da extração de dados de prontuários eletrônicos e ERPs, a solução transforma dados em conhecimentos por meio de insights que melhoram o dia a dia de trabalho das equipes operacionais, nesse caso do enfermeiro navegador. Depois de coletar os dados, a solução de Process Mining da UpFlux cria visualizações automáticas do processo, entendendo ponta a ponta os fluxos, gerando informações sobre os possíveis pontos de melhoria. Todo esse trabalho acontece por meio de três pilares: descoberta, análise de conformidade e otimização. Por meio da descoberta a plataforma entende como acontecem na realidade os fluxos pelo qual a instituição passa. Após, analisa a conformidade desses processos com as diretrizes determinadas pela equipe de gestão e, por fim, gera insights para que o time assistencial possa realizar melhorias em tempo real nos processos e garantir mais segurança ao paciente. A descoberta acontece a partir do mapeamento de processos, que entende as ineficiências e identifica ofensores de segurança do paciente, desvios, custos e tempos excedentes. Por meio desse mapeamento é possível visualizar os custos gerados, frequências de casos e também ter uma visão geral dos processos para se antecipar a possíveis problemas. A análise de conformidade acontece por meio do entendimento da plataforma sobre as regras definidas pela instituição. Por meio de um kanban de fácil visualização, a solução permite que a equipe assistencial veja quais processos estão em conformidade e quais não estão, permitindo um ajuste rápido. Paralelo a isso, com uma monitoração contínua por meio de painéis e insights constantes, a plataforma permite que os profissionais responsáveis consigam fazer um acompanhamento em tempo real de todos os processos a partir de dashboards de fácil edição. Assim é possível corrigir erros em tempo real, seguindo os padrões estabelecidos pela instituição. Assim, por meio de uma tecnologia inteligente e indispensável, o enfermeiro navegador garante uma visualização maior de toda a jornada do paciente. Apenas com esse auxílio ele consegue ter uma visão global de todo o processo, podendo exercer o seu papel com mais precisão e efetividade junto ao paciente. Isso garante maior segurança nas decisões tomadas pelo profissional, bem como mais bem-estar ao usuário do serviço. Percebendo todos os pontos que englobam o tratamento e, diante disto, entendendo as linhas assistenciais mais seguras, o enfermeiro navegador consegue realizar um
Fluxos hospitalares e os desafios da gestão

A eficiência dos fluxos hospitalares garante a segurança do paciente e a sustentabilidade operacional dos serviços de saúde. Estrutura física, equipes profissionais e processos são organizados para acondicionar todos os fluxos hospitalares de pessoas, equipamentos, materiais e medicamentos a serviço do paciente. Os fluxos hospitalares são temas recorrentes de projetos de inúmeras instituições de todo o mundo. No Brasil, o PROADI-SUS no triênio 2018-2020 já desenvolveu 155 projetos de impacto nacional por meio de parceria com cinco grandes hospitais brasileiros. Fluxos de serviços de emergência, procedimentos cirúrgicos, assistência farmacêutica, prevenção e tratamento ao câncer são alguns destes projetos. Este tema também é discutido regularmente por instituições internacionais, como o IHI (Institute Healthcare Improvement) no white paper Achieving Hospital-wide Patient Flow. E também pela AHRQ (Agency for Healthcare Research and Quality) e NHS (National Health Service). A melhoria contínua sobre os fluxos hospitalares é uma estratégia consolidada para garantir o acesso, segurança do paciente e a redução de custos. Entretanto, mesmo diante de tantos esforços entre instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, condições de contrafluxo impactam negativamente os resultados. Condições de ineficiência estão espalhadas pelo hospital e são dores comuns de todos os gestores dos serviços de saúde. Destacamos algumas destas situações: As implicações destes problemas acometem diretamente a experiência e segurança do paciente. Recente estudo do ano de 2020¹ avaliou 351.416 internações em 182 hospitais brasileiros. Na primeira passagem hospitalar a permanência de até 4 dias foi 80% dos pacientes com taxa de mortalidade de 2,2%. Entretanto, os pacientes com readmissão hospitalar até 30 dias a permanência hospitalar em até 4 dias caiu para 45,8% e a mortalidade subiu para 9%. Outras implicações recorrentes relacionadas a falhas nos fluxos hospitalares são aumento do tempo de permanência, falhas no agendamento cirúrgico e represamento de altas. Todas estas condições impactam diretamente nos custos hospitalares e em perdas de receita. As soluções necessárias para o gerenciamento efetivo dos fluxos hospitalares passam por modelo de gestão consolidado e tecnologias que deem suporte compatível aos desafios. Monitoramento de indicadores de processos e resultados são regularmente acompanhados e analisados. Mas simplesmente analisar os números a partir dos limites de tolerância, histórico de resultados e benchmark são suficientes? O que você acha? Taxa de ocupação de 82%, giro de leito de 1,2 com média de permanência de 4,3 dias. Estes dados são suficientes para a tomada de decisão? Acredito que alguns insights já são possíveis, mas olhar a jornada do paciente a partir de diversas perspectivas é algo muito mais esclarecedor. Compreender o detalhe do perfil epidemiológico, serviços consumidos por linhas de cuidados e tempos de atendimento gera uma nova definição sobre modelo de gestão eficiente. A tecnologia de mineração de processos utiliza os eventos registrados e disponíveis no prontuário eletrônico do paciente para a construção destas análises. Orientado para a descoberta, análise e monitoramento, a mineração de processos permite à análise de grande volume de atendimentos e de forma totalmente remota. Observando os princípios do cuidado centrado na pessoa, a tecnologia de IA e process mining aplicada em centros de saúde permite também um olhar individual tanto para as necessidades dos pacientes quanto dos diferentes gestores.
Mineração de Processos na Saúde: por que ela é tão importante?

O dia a dia de um hospital é complexo e cheio de obstáculos. Independentemente dos avanços na área, o cuidado com paciente, prezando pela sua experiência, é sempre um desafio. A união da ciência e da tecnologia fez com que as coisas ficassem mais simplificadas, mas não tirou das mãos dos profissionais a responsabilidade pela segurança dos pacientes. A tecnologia de mineração de processos na saúde surgiu para auxiliar ainda mais esses profissionais nesse controle. Prezando pelo cuidado e as boas práticas de gestão, a mineração de processos cumpre um papel muito importante dentro das organizações de saúde: garantir a máxima excelência operacional. É sobre isso que falaremos neste texto. Entenda a importância da mineração de processos na saúde e como dar os primeiros passos para aplicá-la no seu dia a dia. De maneira simplificada, baseada em dados, a Mineração de Processos tem capacidade de demonstrar como um processo está ocorrendo na prática permitindo que os stakeholders consigam avaliar o processo, identificar gargalos e desvios operacionais. Muitos perguntam a diferença entre Business Intelligence (BI) e Mineração de Processos. É simples responder: Enquanto Business Intelligence tem um funcionamento análogo a um termômetro indicando que um processo possui problemas, seja eles de desempenho, desvios, retrabalhos; a Mineração de Processos funciona como um Raio-X dando visibilidade e compreensão de onde estão os problemas. Neste vídeo é possível entender de forma muito clara o que é esse conceito e qual o papel da mineração de processos na saúde. Nesse cenário, a mineração de processos consegue controlar esses passos, mantendo a equipe informada sobre gargalos, desvios e erros que podem acontecer nesse jornada, fazendo com que o paciente possa vir a não cumprir seu caminho ideal de atendimento. Entrevista com o CEO da UpFlux, Alex Meincheim: O papel da Mineração de Processos na saúde Os negócios em Saúde estão passando por transformações constantes. Muitas delas ligadas à tecnologia. Na sua opinião, qual o nível de maturidade do gestor de Saúde para manter o equilíbrio do negócio? Frente aos desafios da gestão hospitalar em manter a sustentabilidade das organizações da saúde, os gestores precisam estar comprometidos em maximizar a eficiência operacional dos processos. Para isto é extremamente importante identificar problemas e gerar planos de ações assertivos – tarefa cada vez mais árdua para as equipes em decorrência da complexidade de muitos processos distintos no cuidado aos pacientes. Apesar de evolução tecnológica dos prontuários eletrônicos pouco se evoluiu na geração de informações analíticas. Grande parte dos diretores dependem da elaboração manual de relatórios por seus gerentes e coordenadores. As análises dos consumos e custos de medicamentos, exames e materiais para cada linha de cuidado é algo que consome muito tempo e realizado muitas vezes de forma reativa. Para avaliar qualidade e experiência do paciente ainda é ainda mais complicado visto a diversidade de casos para fazer um estudo de tempos e espera do paciente (cronoanálise). Desta forma, a agilidade para a tomada de decisão é uma necessidade latente e já existem tecnologias prontamente disponíveis para auxiliar os gestores. Dentro deste panorama, os gestores de saúde que terão maior sucesso certamente serão os que souberem aliar novas tecnologias e metodologias de melhorias de processos para melhorar não apenas a qualidade, mas também a sustentabilidade financeira de cada linha de cuidado. Como a mineração de processos na saúde pode otimizar a gestão dos processos e quais são os requisitos que o profissional gestor precisa para utilizar essa metodologia? Na saúde existem muitas restrições e inúmeras possibilidades de fluxos seguidos pelos pacientes o que dificulta a avaliação destes processos de cuidado. Entender quais são os caminhos mais adequados que representam o melhor custo-efetividade é de extrema importância para melhorar os processos de cuidado e segurança dos pacientes. A Mineração de Processos na saúde traz transparência para identificar onde estão os gargalos e desvios no cuidado do paciente e quais são os fluxos mais congestionados e que carecem de aperfeiçoamento Neste contexto, a mineração de processos traz o diferencial de apresentar e mensurar o desempenho e custos dos processos, seja estes assistenciais, clínicos, cirúrgicos ou administrativos. Temos conversado com muitos hospitais, seja equipes de gestores da qualidade, experiência do paciente, lean e eficiência operacional, e os feedbacks do valor entregue tem sido de muito gratificante para UpFlux Process Mining. Além de auxiliar estas equipes para fazer a análise com maior agilidade, o Process Mining na saúde reduz o ciclo do projeto permitindo que as equipes realizem mais projetos de melhoria e foquem na execução dos planos de ações. Outro ganho alcançado reportado é sistematizar a gestão da melhoria contínua evitando retrocessos, após implantação do projeto de melhoria. Os gestores precisam desenvolver a sua capacidade analítica e adotar metodologias de melhorias continua. A capacitação é de extrema importância para alcançar os resultados almejados, porém a curva de aprendizado de process mining é muito rápida, visto a simplicidade e experiência de uso de ferramentas como a UpFlux Process Mining. Como as organizações de saúde serão impactadas pelo Process Mining nos próximos anos? Há uma pressão crescente sobre as organizações de saúde para melhorar a qualidade da atenção à saúde e segurança dos pacientes e paralelamente garantir a sustentabilidade financeira das instituições. Um dos principais diferenciais de Process Mining é a agilidade e transparência que esta tecnologia gera nos processos da organização. Toda a subjetividade em mapeamentos amostrais e consensuais com a ótica das pessoas envolvidas passam a ser mensuradas de modo objetivo e cobrindo toda a base de dados. Process mining traz um nível surpreendente de navegação e análise fidedigna sobre como os processos realmente ocorrem na prática. Acreditamos que a mineração de processos irá impactar as instituições de saúde, permitindo gestores de saúde construir e manter processos assistenciais e administrativos mais eficientes e financeiramente sustentáveis. A demanda para eficiência e sustentabilidade é primordial para se adaptar e prosperar em um novo ambiente do segmento de saúde com novas organizações verticalizadas, pressão em controle da inflação da saúde, e aceleração de operações financeiras, aquisições e fusões. Além disso, a potencialização de fatores que impactam ainda mais o